Em Torno dos 80 com Luiz Aquila
A exposição “Em Torno dos 80” é uma comemoração no Rio das oito décadas do mestre Luiz Aquila e, em sua homenagem, participam artistas que conviveram com ele no Parque Lage na década de 1980 e que mantiveram seu processo de criação. A mostra é uma realização da Cidade das Artes e da Galeria Patrícia Costa com o apoio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e curadoria de Monica Xexéo.
Eduardo Paes, Prefeito da Cidade do rio de janeiro, sobre o artista homenageado Luiz Aquila:
Como Prefeito da cidade mais linda do mundo, estou imensamente feliz em poder receber nas galerias da Cidade das Artes Bibi Ferreira a
exposição “Em torno dos 80 com Luiz Aquila”, merecida homenagem a um artista visual carioca, aluno de Oswaldo Goeldi e Aluísio Carvão e que desde os anos 60 está na cena do abstracionismo, tendo dirigido e lecionado durante anos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. A edição do presente livro é parte dessa exposição que acaba por ser um marco nas artes visuais brasileiras.
É uma honra poder oferecer aos cidadãos do Rio de Janeiro o acesso a um encontro tão único de artistas visuais consagrados, todos unidos para celebrar a vida de Luiz Aquila. Vinte e seis artistas que foram seus alunos ou fizeram parte do grupo que junto com Aquila, atuaram na EAV na década de 80, com o objetivo pensar a arte de seu tempo.
Adriano Mangiavacchi, Alexandre DaCosta, Ana Durães, Angelo Venosa, Anna Bella Geiger, Beatriz Milhazes, Celeida Tostes, Clara Cavendish, Cláudio Kuperman, Cristina Salgado, Cristina Canale, Daniel Senise, Jeannette Priolli, João Magalhães, John Nicholson, Jorge Guinle, Luiz Pizarro, Malu Fatorelli, Manfredo de Souzanetto, Monica Barki, Nelly Gutmacher, Ronaldo do Rego Macedo, Rubens Gerchman, Suzana Queiroga, Victor Arruda e Xico Chaves são nomes que elevam a cultura brasileira mundo afora e nos presenteiam com essa afetuosa e necessária exposição.
Daniela Santa Cruz, presidente da fundação cidade das artes, sobre o artista homenageado luiz Aquila:
Lembro como se fosse hoje da primeira vez que vi uma obra do Luiz Aquila. Estava no
início da minha vida profissional e sempre visitava um edifício em cuja portaria reinava uma
enorme pintura do Aquila. Majestosa. Tomava todo o ambiente com seu colorido e harmonia.
Posso dizer que essa obra deu início à formação do meu olhar, foi a minha entrada no
mundo da arte abstrata, de onde nunca mais saí.
Quando comecei a pintar, eram muitos meus questionamentos. A pessoa prática e cerebral
que conhecia se transformava em um tonel de boas sensações e sentimentos. Toda na
minha formação política arrefecia frente à tela em branco. Eis que ouvi uma entrevista do
Aquila que me acolheu. Sim, ele usa cor e linha para expressar sentimentos, usa o quente
em oposição ao frio, sempre com muita harmonia. Ele não busca a arte equilibrada, bem
comportada. Ele busca o transbordamento, o sublime. Suas pinturas buscam a nossa contemplação,
para logo depois refletirmos.
Meu encantamento por suas pinturas é reflexo do encantamento que tenho pelo artista.
A obra de Luiz Aquila, para mim, evoca sensações e sentimentos que desejo acessar. Suas
cores limpas e traços trabalham para esse objetivo. Minha identificação é sempre imediata.
A vida é bela e hoje, como atual presidente da Fundação Cidade das Artes, tenho a honra
de receber em nossas salas a exposição “Em torno dos 80 com Luiz Aquila”, uma necessária
homenagem, em vida, a um grande artista carioca e brasileiro, absolutamente acessível
e querido por todos.
Viva Luiz Aquila!
Monica Xexeo, curadora da exposição:
“Queremos evidenciar a obra de Luiz Aquila na reformulação da NPB (Nova Pintura Brasileira) e o seu protagonismo como orientador de uma nova e brilhante geração de artistas, surgidos nos anos 80, no início da redemocratização do país.
Aquila continua despertando o interesse de jovens estudantes universitários, amantes da pintura como visualidade, como expressão maior de um ato de amor.
Aplaudido pela crítica especializada, fez da pintura o seu território, a sua poesia, a sua existência”.